Durante uma visita a Curaçao em 1960, o dono das fabricas Heineken, Alfred Heineken ficou comovido ao observar as praias do local cheias de garrafas, muitas de sua própria fabrica. O local também sofria com outro problema, existia escassez de materiais de construção a preço popular, e a classe mais baixa vivia em casas de baixa qualidade.
Diante desses dois fatos, Alfred constatou que melhoraria os dois problemas, se pudessem utilizar suas garrafas na construção civil. Com a intenção de dar vida a essa ideia, ele contratou o arquiteto N. John Habraken para projetar um tijolo de vidro onde se pudesse vender cerveja.
O design escolhido foi da Heineken WOBO (garrafa mundial). Um recipiente de vidro verde esmeralda, feito para ser usado como garrafa e também material de construção.
Foram produzidas mais de 100.000 garrafas como teste, o projeto era claro, uma garrafa funcional, que quando virada de lado, seria transformada num tijolo, que se encaixaria por meio do bocal no fundo de outra garrafa, com saliências para aderir melhor a argamassa. Com o projeto, uma cabana de 3x3, poderia ser construída com mil garrafas. Para trabalhar melhor problemas com arrestas e quinas, foram produzidos dois tamanhos de garrafas, de 500ml e 350ml.
A garrafa WOBO ainda apresentou problemas, como não conseguir suportar tanto peso e precisar de uma camada mais grossa de vidro, e o formato quadrado facilitava que a garrafa lascasse ou quebrasse. Além de sempre ter de manter a mesma posição quando utilizada como tijolo.
Apesar das limitações, foi uma ideia revolucionaria. Heineken foi insistente em relação ao projeto, querendo imprimir instruções de construção na lateral das garrafas. E que fossem transportadas em paletes de plastico especial, para que pudessem ser utilizadas como cobertura. Porém o departamento de marketing não aprovou a ideia, com medo de que algo não desse certo, além de associar a marca a pobreza.
A ideia então perdeu evidencia, apesar de ser repensada em 1970. Somente duas estruturas foram construídas com o material. As garrafas se tornaram poucas, ao contrario do idealizado, e hoje são itens de colecionador.
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